terça-feira, 14 de julho de 2009

LEAD Honda 110cc - concorrente da Neo 115cc

Lembram-se que eu havia dito sobre a pesquisa de opinião feita pela Yamaha? Errei feio.

Ela foi realizada pela Honda, de forma velada e misteriosa. Só pode ser. Anotaram todas nossas frustações com a Neo 2008 (que não eram muitas, a maioria se referia a falta de espaço de transporte e insuficiência de torque e arranque do motor), e lançaram o que promete ser um sucesso de vendas para 2009: a LEAD 110cc.

O mercado nacional de scooters é pobre em ofertas. Atualmente, recorre-se a apenas três marcas: Burgman 125cc (Suzuki), a Lazer 150cc (Dafra), e a nossa querida NEO 115cc (Yamaha). Com seus respectivos atrativos e problemas próprios - Burgman: roda pequena, falta de espaço; Lazer: qualidade insatisfatória, falta de espaço; Neo: motor e arranque sem força - a Honda pretende preencher o vazio nos corações dos Fãs desse segmento de motocicleta com o novo modelo.
Até agora a Yamaha silenciou-se no lançamento da NEO 2009. Os vendedores me infomaram que o estoque da 2008 encalhou, e não vão arriscar esse ano. Nada oficial. Quem perde são os clientes da Yamaha, que aguardamos ansiosos pela resposta à altura, com um modelo que não demereça a marca.

Por enquanto, no quesito "Potência", a Burgman ganha com larga distância, dado ao seu motor com 125cc que lhe oferece 12,5 cv à 7.500 rpm. Torque máximo de 1,0 kgf.m a 7.000 rpm

Em segundo, a surpresa é a Lazer da Dafra, que continua assustando os admiradores de Scooters com uma geringonça de 150cc, sem nenhum espaço para porta luvas, acabamento rústico e amador, proporcionando a marca de 11,5cv a 8.900 rpm, com torque máximo de 0,96 kgf.m a 6.000 rpm . Chega a ser ridículo, se comparado ao gigantesco tamanho do motor.

Em seguida aparece a nova LEAD, da HONDA. Consegue uma máxima de 9,2 cv a 7.500 rpm e torque de 0,97 kgf.m a 6.000 rpm, segundo informa o saite da empresa. Aliás, todas as informações técnicas aqui citadas tiveram suas fontes nas referidas páginas das montadoras, como podem ver. Ponto negativo para as rodinhas de10’’ na traseira, o que deixa o vão com o solo de apenas 115mm, 5mm menor que a Burgman.

E por último, mas a mais charmosa de todas, vem a NEO, oferecendo-nos 8,4 cv a 8.000 rpm, e torque de 0,78 kgf.m a 7.000 rpm. Pouco? Também acho que nossa paixão merecia coisa melhor, para bater de frente com a nova opção da Honda. Seu preço sugerido é de R$ 6.250,00 (em SP), contra R$ 5.990 da Burgman, a Lazer por R$ 5.690,00 e o preço médio da NEO 2009 está em torno de R$ 6.087,00.

Confiram abaixo as fotos da LEAD








E vamos esperar o fim da NEO. Ou ela sairá de linha, ou será maquiada com uma relação de motor que lhe dê mais potência e torque. E para quem quiser, pode pegar aqui seu manual de peças.

sábado, 27 de setembro de 2008

Amaciando o motor da NEO CVT

Ninguém vai te falar sobre isso na concessionária. Podem até comentar, mas nunca assinarão em baixo. Oficialmente o assunto parece ser polêmico, e as fábricas não cuidam deste tema com o devido cuidado que merece. Mas encontrei um excelente texto sobre o tema, esclarecedor e muito útil para quem, como eu, não tem familiaridade com a mecânica de motocicletas. Principalmente com o motor de uma scooter, que aparentemente é mais delicado do que de uma motocicleta normal. Divirtam-se:

"Quando o motor é montado, sempre existem regiões entre essas peças nas quais o contato é mais ou menos intenso, justamente com um atrito maior ou menor. O amaciamento consiste no desgaste dessas diferenças para que os próprios componentes busquem pelo atrito sua melhor adaptação. Outro ponto importante no amaciamento é a rugosidade das superfícies dessas peças. Por mais que elas pareçam lisas, sempre existe uma certa rugosidade que fará o atrito maior que o normal em uma moto já rodada. Durante amaciamento essas rugosidades extras são eliminadas também pelo próprio atrito entre as peças.

Devido a esses dois fatores, o “amoldamento” entre os componentes e o “alisamento” de suas superfícies, fica claro o porquê de um motor amaciado ser mais solto que um não-amaciado: além do atrito ser menor, as folgas são maiores. Isso acontece em todas as partes do motor, como virabrequim, bielas, comando de válvulas e até engrenagens do câmbio, porém, em maior intensidade no pistão, anéis e cilindro. (...)

Como amaciar

Com todos estes pequenos problemas, que na verdade não passam de uma situação temporária, sempre fica a dúvida: será que o motor está sendo amaciado corretamente? De acordo com os técnicos da Yamaha, o período de amaciamento das motos da marca deve ser orientado literalmente como está no manual de instruções de cada modelo. Depois dos 1.000 km, quando o óleo do câmbio deve ser trocado, a moto já está amaciada. Outra recomendação da Yamaha é nunca acelerar a moto parada além dos 5.000 rpm, ou ela entrará em over-spinning (fora de giro). Isso quer dizer que, sem nenhuma carga (o câmbio em ponto morto), o motor poderá subir de giro mais do que o esperado.

Já os técnicos da Honda são mais maleáveis em relação ao amaciamento de suas motocicletas. Até os primeiros 500 km, a moto poderá ser utilizada normalmente, apenas tomando o cuidado para não exagerar na rotação do motor, que deve ficar até cerca de dois terços da rotação máxima. Mas isso não quer dizer que não se pode acelerar um pouco mais de vez quando, só que por um curto período. N0 fim dos primeiros 500 km, a troca de óleo é fundamental pois, ao contrário dos motores dois tempos, o quatro tempos acumula uma quantidade muito grande de partículas metálicas, provenientes do desgaste inicial dos componentes (o amaciamento propriamente dito). Além disso, existem muito mais componentes móveis, como comando de válvulas, válvulas e todos os seus acionamentos, o que significa uma quantidade extra de partículas que contaminam o óleo do cárter.

Para qualquer tipo ou marca de motocicleta, existem as recomendações normais para o período de amaciamento. Esquentar bastante a moto parada é uma coisa que não se deve fazer nem com uma moto muito usada, quanto mais com uma que está amaciando, o correto é aquecê-la apenas o suficiente para sair rodando. Isso porque a refrigeração do motor, mesmo nos modelos com arrefecimento líquido, depende da circulação do ar à sua volta. Se o ar está parado, o motor aquecerá irregularmente e prejudicará o amaciamento. (...)"

Pesquisa da Yamaha

Fui convidado por uma empresa para fazer parte de uma pesquisa sobre a NEO. Colocaram-me em uma sala com mais cinco pessoas. Três usuários da NEO, e duas meninas propietárias da Burgman. Uma mesa oval. À nossa frente uma mediadora linda, com uma tatuagem escondida na altura da cintura da calça que descia por dentro da roupa vai saber até onde. Um espelho enorme na parede e câmeras no teto. Serviram aperitivos e bebidas. O melhor é que no final da pesquisa ainda me deram R$ 70,00. Compensou pelo horário ruim. Rua Groelândia, 735, São Paulo. Perguntaram sobre nossas expectativas após a compra da moto. O serviço pós venda da Yamaha, desempenho, reclamações, elogios.

As meninas da Burgman, da Suzuki, mostraram-se satisfeitas com a moto. Reclamaram da suspensão, da assistência técnica cara e da roda que dava insegurança à pilotagem, apesar de adorarem o visual retrô da scooter, e o espaço oferecido.

Quanto a nós, todos estavam satisfeitos. A única reclamação foi quanto à potência do motor, unanimidade entre os usuários da NEO. A conclusão é que ela é muito bonita, mas deixa a desejar no quesito potência. Consideramos que ela foi feita para apenas uma pessoa andar. Mas isso não é um grande problema, quando você compra o equipamento já sabendo dessa característica. No trânsito ela tem pouco arranque, mas não decepciona em vias congestionadas como as da cidade de São Paulo.
Por ser estreita e de fácil dirigibilidade, ela supera muitos veículos. Antes eu fazia o percurso casa-trabalho e vice versa, usando metrô e ônibus em 1h, às vezes 1h30. Hoje gasto apenas meia hora. E cerca de 10 reais por semana com gasolina (aditivada, sempre), fazendo cerca de 30km/l. Faltam acessórios básicos, como o baú e apetrechos de frescuras, como manetes e tal. E o serviço de pós-venda é inexistente. Muitas reclamações sobre o atendimento da assistência técnica. Espero não ter problemas quando precisar.

O mais interessante foi constatar que ninguém a compara com a BIS, da Honda. Parece que atingem públicos diferentes. Mesmo com o modelo 2.009 saindo de fábrica com injeção eletrônica, e confrimadamente mais econônima, fazendo cerca de 40km/l. É o preço que os usuários da NEO pagam por terem o conforto de um câmbio automático CVT. Sentar e acelar, como numa bicicleta. Ficamos com a sensação de que a versão 2009 da NEO compensará essa desvantagem. Há boatos por aí que será lançada um modelo da NEO com o motor de 135cc, o que, em tese, a colocaria no mesmo patamar de potência com sua principal concorrente, a Burgman, e enterraria de vez a BIS. Fico receoso com o consumo deste novo projeto.

O câmbio automático realmente é incomparável, mas gasta muito para um motor tão pequeno. Equilibrar esse conforto com responsabilidade ambiental e economia é um desafio lançado aos engenheiros da Yamaha. Vamos ver como superarão essa batalha.


Uma dica de blog: Blog do Tiozão, especializado em motocicletas. Informações técnicas e dicas de pilotagem.

domingo, 7 de setembro de 2008

O barulho do câmbio CVT

Lembra que comentei sobre o barulho constante do motor? É como se não houvesse mudanças de marchas, muito próximo de um motor elétrico.

Pois bem, levei essa dúvida para a comunidade Yamaha Neo AT/CVT 115, orkut, e o pessoal foi bacana no auxílio. Alíás, comunidades sobre automóveis e motocicletas são ótimas para se conhecer pessoas que tem conhecimento técnico o suficiente para tirar suas pequenas dúvidas do dia a dia.

O Motor tem aquele som de motor elétrico porque é um câmbio de relações continuamente variáveis. Na verdade não há marchas para se trocar. A troca é feita de forma suaves, sem trancos.

Quem tiver mais informações técnicas sobre o câmbio, manda aê para compartilhar com o pessoal.

Abraços.

PS: Outra dica importante: se a scooter estiver sobre o cavalete central, ela não dá partida com o pedal. Cuidado para não correr o risco de ficar pedalando, tentando ligá-la, e só gastar energia, hehe...

PS-2: Mais um respondeu ao teste aí do lado. O Jason, de Olinda, comentou sobre a suspensão da NEO, e curiosamente emendou: "suspensao nao aguenta os buiracos de nossas cidades! bate seco, chega doi na gente!"

Eu não tinha reparado nesse problema da CVT, e sinceramente achei a suspensão eficiente. Imagino que isso deve ser bastante subjetivo. E nos comentários sobre o seguro da moto, também disse que "porto seguro $ 674 em recife!". Excelente informação, só não entendi a confusão entre as cidades de Porto Seguro e Recife.


sábado, 6 de setembro de 2008

Saindo da loja com a NEO CVT Yamaha

Acabei de pegá-la na concessionária. O vendedor conseguiu adiantar alguns dias do prometido, o que me deixou feliz. A primeira impressão foi boa. Confesso que achei estranho o fato do motor ter um barulho constante, como se não houvesse troca de marchas. Isso assusta um pouco para quem não está acostumado com motos automáticas.

Quando coloquei a patroa na garupa, a scooter perdeu rendimento. Quase não consegui com ela da garagem do prédio, por causa da subida íngreme. Mas na rua ela se saiu muito bem. O espaço em baixo do no banco compensa a falta de motor. Essa semana será o derradeiro teste, quando irei trabalhar todos os dias com ela. Espero que não chova.

Comprei uma jaqueta da ZEBRA em dez vezes, para fazer um estilão, hehe. 10 vezes de R$ 49,99 no cartão... Agora to correndo atrás do seguro. Quando tiver mais novidades sobre isso, colocarei aqui para todos saberem a média de preços. Mas acredito que não deve ser muito alto, porque a NEO não tem um historico de roubo/furto que o encareça. Quem souber os preços, peço que deixe sugestões de seguradoras aí nos comentários.

Quanto à nossa pesquisa ao lado (já respondeu?), o último a responder foi o Paulo Hernandes, de São Paulo. O modelo dele é o 2005, e suas respotas confirmaram nossas suspeitas de alto consumo para a NEO. Mesmo assim, ele está satisfeito com o desempenho dela.

Por fim, continuamos dando de dez a zero na BIS! Eita.

domingo, 17 de agosto de 2008

Porquê do blog?

Quando fui comprar um scooter, não encontrei uma referência idônea que me tirasse todas as dúvidas. Por mais que a gentileza dos revendedores Yamaha fosse suficiente para convencer qualquer um, a suspeição é sempre gritante.

Resolvi pesquisar, e então descobrir algumas notícias sobre a Neo CVT que me interessaram. Por isso resolvi colá-las aqui, para tonar mais fácil a pesquisa de quem pretende escolher uma motoneta. A primeira coisa que chama a atenção na Neo é seu desinger. Bastante arrojado para o mercado nacional. Aqui, neste site, confira suas linhas em fotos de alta resolução. O motor, apesar da baixa cilindrada em relação à concorrência, mostra-se adequado à vida urbana.

As comunidades do Orkut que falam sobre o tema costumam alertar para o atendimento razoálvel das oficinas da Yamaha. Mas não é unânimidade. Fica a impressão de que a marca ainda não conseguiu carregar seu padrão de qualidade no atendimento para todos seus parceiros. Na dúvida, dê uma olhada nas principais e tente conversar com seus participantes. Costumam ser gentis com os novatos.

Yamaha Neo AT / CVT 115
(1.700 participantes)

YAMAHA NEO CVT
(164 participantes)

Yamaha Neo CVT 2008 (113 participantes)


Costumam comentar também sober o alto consumo da NEO, se comparada à uma Bis (Honda), ou a Burgman (Suzuki). Dizem que ela é beberrona, fazendo de 25l à 28l por quilômetro, comparando-se, portanto, à uma moto de 250 cc. Os mecânicos dizem que a fábrica pediu um voto de confiança dizendo que, após amaciada, ela chegará facilmente à marca de 38l/km., o que seria idela, já que as outras motonetas chegam facilmente ao consumo de 40km/l sem esforço. Confira os dados técnicos do modelo mais recente, referente ao ano de 2008:

FICHA TÉCNICA – Yamaha Neo AT 115

MOTOR Monocilíndrico, quatro tempos, OHC, arrefecido a ar, 113,7 cm³
POTÊNCIA8,4 cv a 8.000 rpm
TORQUE0,78 kgfm a 7.000 rpm
ALIMENTAÇÃO Carburador Mikuni BS 25
CÂMBIO Continuamente variável
TRANSMISSÃO Corrente
PARTIDA Elétrica e pedal
RODAS Dianteira e traseira de aro 16 pol, em liga-leve
PNEUS Dianteiro 70/90 – 16 36P; traseiro 80/90 – 16 43P
CHASSI Underbone, com comprimento de 1,93 m; largura de 0,77 m; altura de 1,09 m; peso a seco de 103 kg
TANQUE4,8 l
SUSPENSÃO dianteira por garfo telescópico 90 mm de curso; traseira biamortecida, 55 mm de curso
FREIOSDianteiro com disco simples de 220 mm de diâmetro; traseiro por tambor, 130 mm de diâmetro interno
CORES Azul, prata e preta

Até o momento sua performance não tem decepcionado. Apesar de possuir espaço sob o banco adequado para carregar um capacete, sinto falta de acessórios pŕoprios, e uma rede de assistência técnica mais ampla.

Quanto à pesquisa, podem verificar o Hotsite feito pela Yamaha. Ignorem a campanha ancorada na imagem da Sandy e Júnior. Isso deve ter sido coisa de algum marqueteiro que não tem conexão alguma com o público consumidor da Neo. Chega a ser ridículo. Mas o site é bom, recehado de imagens, vídeos e informações técnicas.

Há também o site da propria Yamaha, mais técnico e menos atrativo, mas útil para encontrar as concessionárias.

Quanto às pesquisas, gostei desta aqui, feita por internautas. Quem tiver experiências boas, ou mesmo ruins, com o modelo, traga para cá para podermos discutir as vantagens da NEO.

Abraços